sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Escatologia.
Dicas para uma melhor compreensão das profecias.
Tema: “As barreiras para a compreensão das profecias (Escatologia).”.
Introdução: Existe uma justificativa comum para muitos que dizem que não conseguem compreender as profecias. Esta dificuldade se da por existirem algumas barreiras entre nós e os textos proféticos. Se soubermos transpor estas barreiras não teremos dificuldade na compreensão das profecias. Eis abaixo algumas dicas sobre estas barreiras e como transpô-las:
I- Barreiras Culturais:
Umas das barreiras para a compreensão das profecias são: as barreiras culturais, já que os profetas transmitiram suas profecias e interpretaram suas visões em uma cultura totalmente diferente da nossa. Para transpormos esta barreira, necessário se faz a compreensão do contexto cultural do profeta, onde e como ele viveu. Podemos conseguir isto através de bons livros sobre história de Israel, usos e costumes dos tempos bíblicos e de arqueologia focada nos povos bíblicos.
II- Os intervalos proféticos.
Há versículos que apesar de parecerem uma só profecia possuem intervalos de tempo para o seu cumprimento que variam até mesmo séculos (Ex: Is 61.1,2; Lc 4.14-19). Esta barreira é um pouco mais difícil de ser transposta, pois se faz necessário uma compreensão ampla das Escrituras para podermos conhecer as profecias que se cumpriram nos dias do profeta, as que se cumpriram em Cristo, e as que ainda se cumprirão em um futuro remoto. Mas, também, podemos transpor esta barreira lendo bons livros que abordam as profecias bíblicas, e que fazem uma relação dos textos sagrados, dando uma atenção especial aos textos de dupla referencia e aos chamados intervalos proféticos, como vimos no texto Sagrado supracitado, onde parte do texto de Isaias é citado pelo Senhor Jesus, em Lucas 4, como cumprindo se nele em sua primeira vinda, no entanto, uma outra parte “O dia da vingança do nosso Deus” Is 61.2 só se cumprirá a partir da Grande Tribulação.
III- A transcendência das profecias e visões. Principalmente no livro de Apocalipse.
Os profetas viram e profetizaram muitas coisas que vão muito além da nossa compreensão e do nosso cotidiano. E isto os levou a aplicar, em muitas ocasiões, figuras para assimilações. Pois, eles viam coisas sobre um Deus infinito, um céu e fatos que nunca presenciamos (1 Co 2.9). (Exemplos são as preposições de assimilação: “semelhante”, “como” em Apocalipses capítulo 9). Porém, há uma regra, a Bíblia deve sempre interpretar a ela mesma, pois nenhuma profecia é de particular interpretação (2 Pe 1.20) ou pode ser vitima do “achismo” de alguns escatólogos desprovidos de um verdadeiro preparo.
IV- A Confusão feita entre Israel e a Igreja.
Há três povos descritos na Bíblia, judeus, gentios e Igreja. Sendo que os Judeus e a Igreja, na Bíblia, possuem promessas específicas para cada um. Os judeus possuem promessas físicas, se referindo à terra prometida, enquanto a Igreja possui promessas espirituais referidas ao arrebatamento e corpos transformados (1 Ts 4.13-18; 2 Co 5.1-10). Para podemos transpor esta barreira devemos ver estes dois povos como distintos e com promessas distintas. Caso contrário, aplicaremos texto que são específicos para a nação de Israel à Igreja. Há os que digam que a Igreja substituiu Israel, porém, existem promessas especificas e incondicionais que só podem se cumpridas por um Israel político, e não espiritual como a Igreja é taxada (vede Jr 31.35-37; 32.36-44).
Conclusão.
Sendo assim, se observarmos estas recomendações supracitadas poderemos compreender as profecias e descobrir o maravilhoso e eterno plano de Deus. Pois o Senhor não é um Deus desorganizado, que vem desde a eternidade dando jeitinhos para concertar os erros do homem, no entanto, Ele tem um plano eterno para toda humanidade, e ao conhecemos melhor as profecias podemos delinear este plano desde seu inicio até a eternidade. Glória a Deus para todo sempre!